31/10/2025 17:37:00 - Atualizado em 31/10/2025 17:39:00

Segurança Pública confirma morte de chefes do CV de quatro estados em megaoperação no Rio

Redação RedeTV! com IA

Nove líderes regionais do tráfico do Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Goiás foram identificados entre os mortos na ação desta sexta-feira (31)

(Foto: Agência Brasil) 

A Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro iniciou nesta sexta-feira (31) a divulgação da lista de indivíduos mortos na megaoperação policial, com destaque para a eliminação de chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) oriundos de diversos estados do país. A ação teve como palco os complexos da Penha e do Alemão, regiões que, segundo as autoridades, se tornaram o centro estratégico nacional do grupo.

O Secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, declarou que os complexos funcionavam como o Quartel-General (QG) do Comando Vermelho em nível nacional, atuando como o centro de decisão para as atividades da facção em outros estados. 

“[Nesses locais] são feitos treinamentos de tiros, para os marginais serem formados aqui e voltarem aos seus estados de origem para disseminar a cultura da facção”, afirmou o secretário. 

Apesar do êxito na desarticulação de lideranças regionais, o principal alvo da operação, o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, conseguiu evadir o cerco policial. O criminoso é apontado como o maior chefe do Comando Vermelho (CV) em liberdade, situando-se apenas abaixo de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar na hierarquia da facção, ambos atualmente detidos em penitenciárias federais.

Perfil das lideranças regionais mortas

Entre os nove indivíduos mortos identificados publicamente como chefes de outros estados, quatro eram oriundos da Bahia, dois do Amazonas, dois de Goiás e um do Espírito Santo.

Amazonas:

Chico Rato (Douglas Conceição de Souza): Aos 32 anos, era de Manaus (AM). Possuía um histórico de homicídios. Foi condenado em 2019 pela Justiça do Amazonas a 40 anos de prisão por homicídio qualificado de dois irmãos, ocorrido em 2017. Também cumpria pena em regime semiaberto por porte ilegal de arma e respondia a outra ação por homicídio. O então delegado da DEHS afirmou que ele era o chefe do tráfico no bairro Tancredo Neves e era próximo de João Branco, um dos líderes da extinta Família do Norte (FDN), facção à qual Chico Rato se integrou antes de ascender na hierarquia do CV.

Gringo (Francisco Myller Moreira da Cunha): Natural de Eirunepé (AM), completou 32 anos um dia antes da megaoperação. Estava foragido desde abril de 2024, após a expedição de um mandado de prisão preventiva por homicídio e organização criminosa.

Bahia:

Mazola (Danilo Ferreira do Amor Divino): Nascido em Feira de Santana, foi identificado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como o chefe do tráfico da cidade.

DG (Diogo Garcez Santos Silva): Também de Feira de Santana, possuía passagens pela polícia por associação para o tráfico e porte ilegal de arma.

FB (Fábio Francisco Santana Sales): Tinha registro de passagem pela polícia por ameaça, ocorrido em Alagoinhas, no interior da Bahia.

Espírito Santo:

Russo (Alisson Lemos Rocha): Aos 27 anos, natural do Espírito Santo, era conhecido como "Russo" ou "Gordinho do Valão". Era investigado por envolvimento em um assassinato em abril de 2025, na Serra (Grande Vitória). Ocupava uma posição de liderança no tráfico do bairro Barro Branco, com ligação direta à região de Nova Carapina, uma das áreas de maior influência do tráfico na Serra. Contudo, a Polícia Civil do Espírito Santo informou que ele atuava na Serra e não em Vitória, contrariando a identificação da polícia carioca, e não ocupava posição de destaque na hierarquia.

Goiás e Pará: A lista oficial de mortos inclui ainda Fernando Henrique dos Santos e Rodinha, ambos identificados com origem em Goiás, de Itaberaí. Além de PP, com origem no Pará.

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