"Se adequar à tecnologia": traficantes negociavam drones com câmera térmica para vigiar a polícia
Ana Souza / Redação RedeTV!Interceptações apontam que o grupo planejava usar os equipamentos para monitorar operações à noite; líderes da facção foram alvos de mandados de prisão

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) descobriu que traficantes do Comando Vermelho, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, planejavam comprar drones com câmeras térmicas para ampliar o monitoramento da região. A tecnologia é capaz de detectar movimentos pela temperatura por meio de radiação.
As conversas foram anexadas à denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), que motivou a operação de terça-feira (28), quando líderes da facção foram alvos de mandados de prisão. A ação terminou com 113 presos e 121 mortos.
As gravações feitas durante a investigação revelam a preocupação dos criminosos em modernizar os equipamentos usados nas operações do tráfico. Em um dos trechos, um deles afirma: "O meu não é noturno, o meu é câmera normal. Nós temos que ver o térmico".
Outro integrante, logo depois, responde: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”.
As conversas indicam que o grupo buscava aprimorar o monitoramento das ações policiais e ampliar o controle das comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, que já ultrapassam mil em todo o estado.
As investigações apontam que o Complexo da Penha se consolidou como uma das principais bases de atuação do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Com localização estratégica, próxima a importantes vias expressas, o conjunto de favelas facilita o transporte de drogas e armas. A partir dali, a facção tem ampliado sua influência, especialmente na região da Grande Jacarepaguá.
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