31/10/2025 12:53:00 - Atualizado em 31/10/2025 12:53:00

Megaoperação no RJ: Polícia identifica 99 Mortos; 78 tinham histórico criminal

Redação RedeTV! com IA

Segundo informações do secretário de Polícia Civil, 42 tinham mandados de prisão em aberto

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro liberou, na manhã desta sexta-feira (31), uma lista com parte dos nomes dos indivíduos mortos na megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão na terça-feira (28).

O balanço da ação totaliza 121 mortes, sendo 117 suspeitos e quatro policiais. Os corpos dos agentes já foram sepultados.

Segundo informações do secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, dos 117 suspeitos mortos na "Operação Contenção", 99 foram identificados. Destes, 78 possuíam histórico criminal, incluindo homicídio e tráfico de drogas, e 42 tinham mandados de prisão em aberto.

Entre os indivíduos identificados estão chefes do tráfico com atuação em outros estados, o que reforça o papel estratégico dos complexos cariocas para a facção.

QG do Comando Vermelho e Atuação Interestadual

O secretário Curi afirmou que os complexos da Penha e do Alemão se tornaram o Quartel-General (QG) do Comando Vermelho (CV) em nível nacional, funcionando como o centro de decisão para todos os estados onde a facção atua. 

“A investigação e as informações de inteligência mostram que lá nos complexos da Penha e do Alemão são onde são feitos treinamentos de tiros, para os marginais serem formados aqui e voltarem aos seus estados de origem para disseminar a cultura da facção”, detalhou o secretário.

Dos mortos já identificados, 39 são de outras unidades da federação: 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba. A operação também resultou na prisão de 113 pessoas, sendo 33 de outros estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco) e na apreensão de dez menores infratores.

Material Apreendido e Repercussão

A força-tarefa, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, teve como foco desarticular o Comando Vermelho e cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão. Além das mortes e prisões, o balanço da operação inclui a apreensão de 91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver e uma tonelada de drogas.

Os intensos confrontos ocorreram especialmente na Serra da Misericórdia, resultando na mobilização de agentes do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio para uma força-tarefa de identificação dos corpos.

O governador Cláudio Castro manifestou-se em uma rede social, reiterando a continuidade das ações: "Nosso trabalho é livrar a sociedade do tráfico, da milícia, de todo aquele que prejudica o nosso direito de ir e vir. Nós continuaremos trabalhando com técnica e respeito à lei, para que a gente possa estar devolvendo o direito de ir e vir", afirmou.

Principal Alvo Consegue Escapar

O principal objetivo da operação era a captura do traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, com posição hierárquica abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar. Contudo, ele conseguiu escapar do cerco policial.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, o criminoso utilizou "soldados" do tráfico para criar uma barreira e fugir. O Disque Denúncia do Rio oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua localização. A ficha criminal de Doca aponta que ele entrou para o crime há pelo menos 20 anos e já foi preso em 2007 por porte de arma e tráfico de drogas.

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