Presa injustamente por seis anos, mulher morre de câncer dois meses após absolvição
Gabrielle Gonçalves/Redação RedeTV!Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, foi acusada de envolvimento em homicídio

(Reprodução/Redes Sociais)
Presa injustamente por seis anos, Damaris Vitória Kremer da Rosa morreu dois meses depois de ser absolvida pelo júri no Rio Grande do Sul. A jovem de 26 anos, que havia sido acusada de envolvimento em um homicídio, não resistiu às complicações de um câncer no colo do útero, diagnosticado quando ainda estava detida.
Damaris foi presa de forma preventiva em agosto de 2019, após ser acusada de participar da morte de Daniel Gomes Soveral, meses antes, em Salto do Jacuí (RS). De acordo com a denúncia do Ministério Público do estado, ela teria sido responsável por atrair a vítima ao local onde ocorreu o crime.
Além da jovem, outras duas pessoas tiveram envolvimento no assassinato, de acordo com o MP: Henrique Kauê Gollmann (então namorado de Damaris) e Wellington Pereira Viana. Gollmann teria efetuado o disparo que matou a vítima, enquanto Viana “concorreu para a prática do fato ao ajustar e auxiliar na organização do homicídio”. Wellington chegou a ser preso, mas foi absolvido das acusações.
No processo, a defesa de Damaris Vitória alegou que ela apenas contou ao então namorado que teria sido estuprada por Daniel. Como vingança, Gollmann teria assassinado e ateado fogo no corpo do homem.
Os advogados de Damaris também protocolaram vários pedidos de revogação da prisão preventiva, que foram negados pela Justiça. À época, ela relatava estar com a saúde enfraquecida, apresentando sangramento vaginal e dor na região do ventre.
Em março deste ano, a prisão foi convertida em domiciliar, e a jovem passou a usar tornozeleira eletrônica. A decisão se deu devido ao diagnóstico de câncer e ao agravamento de saúde da ré.
O caso foi a julgamento somente em agosto, e Damaris Vitória foi absolvida das acusações por negativa de autoria baseada na falta de provas. Ela faleceu 74 dias após a absolvição. O sepultamento foi realizado na última segunda-feira (27), no Cemitério Municipal de Araranguá, em Santa Catarina.
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