Bala perdida atinge menino de 7 anos durante aula de educação física: "Papai, não sou bandido. Por que levei um tiro?"
Ana Souza / Redação RedeTV!O pai relatou ainda que o filho está traumatizado e não quer voltar à escola
(Foto: Freepik)
Nesta quinta-feira (14), um menino de 7 anos foi atingido por uma bala perdida dentro da Escola Municipal Professora Marisa Vargas Menezes, em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante uma aula de educação física.
O pai da criança foi chamado à escola e levou o filho para uma unidade de saúde próxima. Em seguida, o menino foi transferido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
No hospital, os médicos constataram que a bala atingiu as nádegas da criança e atravessou o corpo, saindo pela virilha. A criança já recebeu alta médica.
Em entrevista ao g1, o pai da criança, Carlos Cesar Reis Costa, relatou que pouco antes do disparo houve um intenso tiroteio na área de mata da Gardênia Azul, nos fundos da escola. Ainda não há confirmação se o confronto envolvia criminosos rivais ou policiais.
“Já estava tendo confronto em uma região de mata e veio a bala perdida e alvejou o meu filho. Isso aconteceu por volta das 11h35, quando ele estava na quadra. A escola me ligou, mas não disse a verdade. Mas, quando eu cheguei lá, vi a extensão do problema", disse Carlos. "Peguei ele, corri com ele no colo até a clínica da família e lá, depois de uma hora, eles pediram a ambulância e levaram para o Lourenço Jorge”, acrescentou.
O pai relatou ainda que o filho está traumatizado e não quer voltar à escola. “O meu filho foi mais uma das vítimas da violência que assola o Rio. Quando ele era socorrido, o meu filho me disse: ‘Papai, eu não sou bandido. Por que levei um tiro? O senhor promete que eu não vou morrer?’ Essas foram as palavras que ele me disse quando era socorrido. Ele não quer ir mais para a escola. Ele fala que se voltar para a escola vai ser baleado. Vamos ter que procurar um psicólogo para ele”, afirmou.
A Polícia Militar informou que não houve operação da corporação na região onde a criança foi atingida.
A Prefeitura do Rio afirmou que “lamenta que episódios de violência como este impactem as escolas, que deveriam ser locais de paz e aprendizagem."
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