15/05/2025 17:38:00

Corinthians publica nota de esclarecimento após polícia associar clube a dirigentes ligados ao crime

Pedro Brum/Redação RedeTV!

Clube nega envolvimento e diz ser vítima da situação

(Foto: Reprodução/Instagram)

Nesta quinta-feira (15), o Corinthians se pronunciou sobre a investigação conduzida pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro. A apuração envolve movimentações financeiras relacionadas ao contrato (já rescindido) com a casa de apostas “Vai de Bet”, que levantou a possibilidade de conexão entre dirigentes do clube e o crime organizado.

De acordo com o clube, não há qualquer evidência que relacione sua diretoria aos fatos investigados. O Corinthians ainda afirmou que está à disposição para colaborar com qualquer tipo de esclarecimento ou apuração sobre o caso.

Além disso, o clube se posicionou como vítima no episódio: “O Corinthians ressalta que é vítima das circunstâncias investigadas e esclarece que não tem controle sobre as ações de terceiros com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, priorizando a transparência e a integridade em suas operações”, diz trecho do comunicado.

Ao final da nota, o clube ainda destacou seu “compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte.”

Rastreamento de valores levanta suspeitas

Segundo informações do SBT, as investigações resultaram na quebra de sigilos bancários, o que permitiu rastrear o caminho de R$ 1,4 milhão, valor supostamente repassado de forma irregular como comissão.

O dinheiro passou por diversas contas bancárias, começando em uma conta do Corinthians e chegando a uma vinculada ao empresário Vinícius Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024, em plena luz do dia, por ordem do crime organizado.

Em março de 2024, um Relatório Técnico de Análise de Dados Financeiros e Bancários revelou que a quantia foi paga em duas parcelas de R$ 700 mil, recebidas por contas da empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundré, um dos apoiadores de Augusto Melo nas eleições do clube.

Posteriormente, os valores foram transferidos para a empresa Neoway Soluções Integradas, em duas transações: uma de R$ 580 mil e outra de R$ 462 mil.

A Neoway foi identificada como empresa de fachada, registrada em nome de uma jovem de 23 anos, moradora de Peruíbe, no litoral paulista. Indícios apontam que ela foi usada como “laranja” para facilitar as transações suspeitas, supostamente ligadas a uma organização criminosa.

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