Juliette, Luísa Sonza e outras celebridades vão às ruas em ato pelo fim da violência contra mulher
Publicada:08/12/2025 13:49:00
Ana Souza/RedaçãoRedeTv!
Luísa Sonza se manifestou em São Paulo, declarando: "Nós queremos liberdade pra andar no mundo sem medo"
(Foto:Reprodução/Instagram)
Um grupo de celebridades brasileiras aderiu ao movimento 'Levante Mulheres Vivas' neste domingo (7), participando de passeatas no Rio de Janeiro e em São Paulo. As manifestações, que tiveram início às 14h, buscaram denunciar a violência de gênero no país.
No Rio de Janeiro, o ato ocorreu no Posto 5, em Copacabana, e contou com a presença de atrizes e cantoras como Letícia Sabatella, Claudia Abreu, Duda Beat, Bruna Griphao, Bella Campos, Juliette e Alice Wegmann. Já em São Paulo, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, foram registradas as participações das atrizes Alessandra Negrini e Samara Felippo, além da cantora Luísa Sonza.
A adesão das artistas ocorreu em um contexto de aumento da violência contra mulheres no Brasil. De acordo com dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM 2025), divulgado pelo Ministério das Mulheres, foram registrados 71.892 estupros em 2024, o que corresponde a uma média de 196 casos por dia. O levantamento, consolidado com dados da Senasp/MJSP e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, também aponta que, no ano passado, quatro mulheres foram vítimas de feminicídio por dia no país.
A atriz Letícia Sabatella compartilhou um relato pessoal, utilizando o ativismo como parte de sua mensagem. “A Marcha! Parem de nos matar!”, escreveu, destacando um colar que lhe foi dado por Dona Ivete, mãe da líder indígena Kerexu. A atriz narrou o contexto da peça: “Este colar no meu pescoço foi feito e me dado por Dona Ivete, mãe de Kerexu. Ela o fez quando ainda tinha a mão que lhe foi decepada após uma batalha em que ela, uma mulher de 1,50 m, lutou a madrugada toda contra 4 homens armados com facas”. Kerexu é descrita como uma importante líder indígena do povo Mbya Guarani, de Santa Catarina.
Em São Paulo, a cantora Luísa Sonza protestou no mesmo tom: “Viver é um direito nosso. Nós queremos voltar pra casa. Nós queremos liberdade pra andar no mundo sem medo. Respeito é um direito nosso. Existir é um direito nosso. E é por isso que estamos aqui no 7 de dezembro”.
No Rio de Janeiro, Juliette fez uma homenagem à amiga morta com 36 facadas pelo namorado: “Eu tô aqui hoje pela minha amiga Clarissa, que foi assassinada com 36 facadas. E que... E que eu prometi que eu não pude ajudá-la naquela hora, mas eu ia ajudar com tudo. Mas eu ia usar toda a minha força, toda a minha voz, tudo o que me foi dado de lugar. Pra que nós, mulheres, não sejamos mortas”.
Outros lugares, como Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, Belo Horizonte, Brasília e Vitória, também receberam atos do Levante Mulheres Vivas ao longo do dia.
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