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Dermatologista Mariana Corrêa explica como se proteger do câncer de pele, que vitimou a escritora Lya Luft

Redação/RedeTV!

Médica alerta que idade de pacientes com a doença vem caindo no país

(Foto: Divulgação)

O verão chegou e isso significa maior incidência solar, o que agrada quem vai à praia e à piscina, mas preocupa os médicos dermatologistas. O câncer de pele é tipo que mais frequente no Brasil e uma das vítimas foi a escritora gaúcha Lya Luft, que morreu aos 83 anos, após lutar contra um melanoma por sete meses. A doença foi descoberta já com metástase, ou seja, em grau avançado. Ela faleceu em Porto Alegre no dia 30 de dezembro.

A dermatologista Mariana Corrêa explica que a doença é cumulativa, ou seja, pode ser resultado de anos de exposição solar sem proteção adequada. Dessa forma, é mais frequente em pessoas acima dos 40 anos. “O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, uma média de 185 mil novos casos. Ele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos de idade, sendo raro em crianças e negros, com exceção dos que já são portadores de doenças cutâneas”. 

A escritora Lya Luft fazia parte do perfil de risco, com idade avançada, além de ter pele, cabelos e olhos claros. Entretanto, Mariana Corrêa alerta que a idade dos pacientes vem caindo. “Com a alta exposição de jovens aos raios solares, a média de idade vem diminuindo com o tempo”. 

Sinais de risco

A dermatologista destaca que pintas, manchas, feridas que não cicatrizam, eczemas e outras lesões não devem ser ignoradas. “Um exame clínico deve ser feito por um médico especializado ou uma biópsia para fazer o diagnóstico adequado. É fundamental consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para realizar uma dermatoscopia, que é a análise das pintas”, ressalta.

Segundo a médica, a melhor maneira de prevenção é evitar a exposição excessiva ao sol é usar filtros solares diariamente com regularidade. “Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 50, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades ao ar livre. Recomendo o uso de chapéus, óculos escuros, camisetas e protetores solares. Muitas vezes é necessário cobrir as áreas expostas com roupa apropriada. Na praia, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta”. 

Apesar de não pertencerem ao grupo de risco, as crianças jamais devem ser esquecidas, afinal, os danos são cumulativos e podem começar na infância. “Crianças também devem se proteger, usando protetor solar a partir dos 6 meses”.

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