04/11/2025 19:45:00 - Atualizado em 04/11/2025 19:46:00

Pai admite ter matado filho para não pagar pensão

Redação RedeTV! com IA

A criança que era autista e tinha deficiência visual foi morta por asfixia 

(Foto: Divulgação Polícia Civil)

O pai de um menino autista de 11 anos e com deficiência visual confessou ter assassinado o próprio filho com o objetivo de cessar o pagamento da pensão alimentícia. A informação foi confirmada pela Polícia Civil da Paraíba, através do delegado Bruno Germano, que revelou a motivação "totalmente fútil" do crime. Davi Piazza Pinto, o pai, está detido em Florianópolis, Santa Catarina. Nesta terça-feira (4), o laudo cadavérico da criança foi divulgado, confirmando que a causa da morte foi asfixia.

Nos depoimentos o pai confessou à Polícia Militar ter matado a criança em um apartamento, utilizando asfixia. O laudo subsequente comprovou o método violento. "Nós recebemos os depoimentos da Polícia de Florianópolis do procedimento realizado lá e ele confessou à Polícia Militar que tinha matado a criança num apartamento por meio de asfixia. E o laudo saiu hoje também, foi comprovado que foi a asfixia mesmo. Ele levou o corpo do menino até o terreno baldio. Segundo ele, estava apertado financeiramente, pagava religiosamente todo mês, em torno de R$ 1.800 de pensão, e decidiu vir pra cá pra matar a criança, pra se livrar dessa dívida. Segundo ele, né? Uma motivação totalmente fútil", declarou o delegado. 

O suspeito, que possuía pouco contato com o filho, havia procurado a mãe para, supostamente, tentar restabelecer uma convivência mais próxima com a criança. A mãe do menino, Aline Lorena, expressou, em entrevista à TV Cabo Branco durante o enterro do filho, que não esperava tal desfecho ao concordar com a reaproximação paterna, que ocorreu a pedido do próprio pai.

Aline Lorena narrou que preparou detalhadamente tudo o que o filho precisaria e forneceu instruções específicas ao pai, devido à condição de autismo da criança. "Tudo foi muito combinado. A gente conversou, eu sentei com ele. Um dia antes eu expliquei: ‘cara, o Arthur é assim, ele come assim’, eu passei no mercado, comprei o que ele gostaria de comer. Arrumei a roupinha dele, falei: ‘ele vai viajar com tal roupa, tem o fonezinho abafador, como ele é uma criança autista, pode ser que ele se irrite no caminho, mas me avisa, ele tem horário de ir no banheiro, ele tem as coisinhas dele'".

A mãe ainda se disponibilizou a permanecer no local para auxiliar nos cuidados específicos, dada a condição de autismo do filho. Segundo ela, o pai recusou a ajuda, dizendo: "'não, pode ir que eu cuido, eu preciso conviver'". Aline Lorena concluiu, emocionada, que não há justificativa para o ato: “Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa. O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”.

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