Deputado Lucas Bove é alvo de novo pedido do MP por violar medidas em caso de violência doméstica
Ana Souza / Redação RedeTV!Segundo o Ministério Público, o parlamentar do PL teria ignorado restrições impostas pela Justiça a favor de Cintia Chagas
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou denúncia contra o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL) pelos crimes de perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça contra a ex-esposa, Cintia Chagas. O órgão também encaminhou um pedido à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para que avalie os “reiterados descumprimentos de decisão judicial” atribuídos ao parlamentar.
A promotora Fernanda Raspantini Pellegrino solicitou que o Judiciário comunique a Alesp “a fim de que se verifique a adoção de eventuais providências cabíveis, noticiando que ao requerido está sendo imputada a prática de crimes no contexto de violência contra a mulher, em duas ações penais”.
Segundo ela, Bove tem violado as medidas protetivas concedidas a Cintia Chagas “cada vez de forma mais ostensiva, demonstrando claro desprezo às restrições judiciais impostas”.
Diante da situação, Pellegrino pediu a decretação da prisão preventiva do deputado, ao afirmar que “a mera vigência de medidas protetivas não está sendo suficiente”.
“O denunciado, em que pese devidamente advertido, passou a descumprir as medidas protetivas de forma cada vez mais gravosa, de modo que, no começo, buscava publicar em rede social indiretas envolvendo a vítima e a existência e conteúdo do processo. Mas, com o decorrer do tempo, o denunciado não só foi reincidindo na empreitada criminosa, como também chegou ao extremo de ignorar por completo a vigência das medidas protetivas”, escreveu a promotora.
A defesa do parlamentar declarou, na noite de quinta-feira (23), que ele não irá se pronunciar sobre a denúncia.
Cintia Chagas registrou queixa contra o deputado no ano passado, relatando abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento que manteve com ele por mais de dois anos.
Após o pedido apresentado pelo Ministério Público, a Bancada Feminista do PSOL informou, nesta sexta-feira (24), que protocolou um novo pedido de cassação do mandato de Bove junto ao Comitê de Ética da Alesp.
“Diante do pedido de prisão preventiva, não podemos admitir um parlamentar na casa que pratica violência contra a mulher. A cassação é uma resposta necessária para reafirmar que a Alesp não é conivente”, afirmou Paula Nunes, codeputada da Bancada Feminista do PSOL.
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