16/12/2025 13:01:00 - Atualizado em 16/12/2025 13:02:00

Após homem atropelar e arrastar mulher em carro, acusado pede transferência para penitenciária de Tremembé

Redação RedeTV!

 Segundo a defesa, a troca seria para garantir a segurança do cliente, já que o caso se tornou público 

(Foto: Reprodução/Redes Sociais) 

A defesa de Douglas Alves da Silva, gerente de marketing de 26 anos e réu por tentativa de feminicídio, solicitou à Justiça a transferência dele do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos para a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, conhecida como Tremembé 2, no Vale do Paraíba. O réu está preso preventivamente após ser acusado de atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, de 31 anos, na zona norte de São Paulo.

O pedido do advogado Marcos Rogério Leal justifica a mudança sob o argumento de que há um "risco iminente à vida do acusado" no CDP de Guarulhos, em função da ampla repercussão do caso. A defesa considera que o complexo prisional de Tremembé tem maior capacidade de garantir a segurança do réu.

A Justiça, contudo, rejeitou o pleito da defesa, indicando que a transferência é uma decisão de caráter exclusivamente administrativo, de responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Apesar da recusa direta, a solicitação foi encaminhada à secretaria com um pedido de providências, caso seja comprovada a necessidade de segurança. A coluna procurou a SAP para obter um posicionamento sobre a avaliação do órgão, mas ainda não houve resposta.

Em 2002, o complexo de Tremembé passou a concentrar os chamados "presos especiais" — indivíduos que cometeram crimes de grande exposição e que, por isso, estão mais vulneráveis a riscos nas prisões comuns.

O Ministério Público aceitou a denúncia contra Douglas Silva, formalizando a acusação de tentativa de feminicídio. A Promotoria sustenta que o réu "agiu de forma cruel e por motivo torpe". O processo criminal segue em tramitação, sem data definida para julgamento.

O atropelamento ocorreu em 29 de novembro, quando Tainara Souza Santos foi arrastada por cerca de um quilômetro, resultando na amputação das duas pernas da vítima, que é mãe de duas crianças. O advogado da família de Tainara, Fábio Costa, informou à Folha que a vítima e o réu "já tinham ficado".

Em seu interrogatório policial, Douglas Silva declarou não conhecer Tainara. Ele alegou que se envolveu em uma briga em um bar para defender um amigo e foi ameaçado de morte. Ao deixar o local, disse que "acabou batendo nela" e que não tinha conhecimento de que Tainara estava presa sob o veículo, manifestando arrependimento.

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