O velocista estreia no dia 1º de agosto nos 400 m com barreiras

(Foto: Reprodução/ Instagram)

Quando falamos de Jogos Olímpicos, pensamos na maior competição do mundo em esportes. Nesse caminho, a mais alta posição do pódio é marcada por histórias de superação ou até mesmo por cicatrizes físicas, que alavancaram o crescimento do atleta na modalidade.

A história de Alison Brendom Alves dos Santos, mais conhecido como Piu, é digna de filme. Nascido na cidade de São João da Barra, no interior de São Paulo, ele foi criado pelo avô, Geni. Entretanto, com apenas 10 meses de idade, o recém-nascido Alison sofreu um acidente doméstico grave que marcaria sua vida e seu corpo com cicatrizes eternas. Ele engatinhou até a cozinha, onde uma panela de óleo quente estava no fogão, e a derrubou, causando queimaduras de terceiro grau na cabeça e no corpo.

Quando Alison dos Santos completou dois anos, comemorou seu aniversário no Hospital do Câncer de Barretos. O menino, que anos depois seria a grande esperança de medalhas do Brasil, saiu do hospital com cicatrizes na cabeça e na testa.

Anos depois, o gigante de 2 metros de altura não sonhava em brilhar nas pistas, mas sim nos tatames como judoca. Ele entrou no projeto social do Instituto Edson Luciano Ribeiro por incentivo de um colega que insistia para que Alison fizesse uma aula experimental. Porém, ele sempre se mostrou tímido e não sociável por conta das cicatrizes.

Um certo dia, Alison topou ir ao local e deixou todos impressionados com seu porte físico. Surgiu então o apelido que hoje não sai da boca dos brasileiros: "Piu". De acordo com o atleta, era um morador de rua famoso na cidade natal onde cresceu. Mas quem parecia com o verdadeiro Piu não era Alison, mas sim Kaina, outra atleta do projeto que desistiu, e Alison herdou o apelido.

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Em 2019, Alison ganhou destaque internacional ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos em Lima, no Peru, nos 400 metros com barreiras, estabelecendo um novo recorde pessoal e reafirmando seu potencial. No mesmo ano, ele também competiu no Campeonato Mundial de Atletismo em Doha, no Qatar, onde chegou às semifinais e mostrou que estava pronto para competir no mais alto nível.

Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, realizadas em 2021 (adiadas de 2020 devido à pandemia de COVID-19), Piu teve um desempenho impressionante e conquistou a medalha de bronze nos 400 metros com barreiras, com um tempo de 46,72 segundos, que na época foi a terceira melhor marca da história da prova. Essa conquista marcou um momento histórico para o atletismo brasileiro, já que foi a primeira vez que o Brasil conquistou uma medalha olímpica nessa prova.

Alison está nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com números impressionantes e é um dos favoritos à medalha de ouro. Em maio deste ano, ele venceu a prova dos 400 m com barreiras na Diamond League em Oslo, com a marca de 46,63 segundos, o melhor tempo do mundo na ocasião.

Um mês antes, Alison brilhou novamente em Londres na etapa da Diamond League, vencendo com um tempo de 46,45 segundos.

Veja as datas em que Alison dos Santos vai competir:

- Dia 5 de agosto - 400 m com barreiras (eliminatórias)

- Dia 7 de agosto - 400 m com barreiras (semifinais)

- Dia 9 de agosto - 400 m com barreiras (final)

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